Proêmio
"Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13,1), e por esse divino amor, Deus enviou seu Filho único ao mundo para que fôssemos salvos por Ele (cf. Jo 3, 17). Mas, para que seu amor se difundisse em toda a humanidade, Jesus parte o pão, ceia com seus discípulos e pede que se faça o mesmo que foi feito naquela Ceia derradeira (cf. Oração Eucarística V).
A Eucaristia é o ponto ápice da fé. Por ela, nos unimos a Cristo, tornando-nos tabernáculo do Seu Corpo e Sangue. Ao recebermos Jesus na Eucaristia, compreendemos a promessa que Cristo, de permanecer conosco até o fim do mundo (cf. Mt 28, 20).
Para melhor celebrarmos os sagrados mistérios de Cristo, a quarta edição típica do Missal Romano vem para reorganizar o Rito da Missa para que se celebrem com a dignidade necessária, aquilo que se pediu na última Ceia. Com isso, acrescentar-se-á os Próprios do Tempo e Santos, além das Missas Rituais, Missas e Orações para diversas necessidades, Missas votivas, Missa dos Fiéis Defuntos e Apêndice, seguindo atentamente os ritos aprovados pela Santa Igreja Católica.
Trajetória
Após anos de trabalho de nossos antecessores, pela autoridade de Sua Santidade, o Papa Miguel II, foi promulgada a I Edição Típica do Missal Romano. Esta edição contou com a participação ativa da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e da Comissão para a Liturgia, nomeada exclusivamente para a confecção do Missal Romano.
Após promulgação, o Missal Romano passou a ser utilizado por toda a Santa Igreja. No pontificado de Sua Santidade, o Papa Augusto II, novamente contando com a colaboração da Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, para que fosse atualizado, nomeou-se a comissão, contudo, com a renúncia do Santo Padre, tendo-se sido eleito como seu Sucessor, o Papa Mariano IV, o Missal Romano foi eliminado por aqueles que deveriam ter colaborado com a sua edição. Por isso, sabendo da necessidade da Santa Igreja Romana, o Sumo Pontífice Mariano, tornou pública aos sete dias do mês de outubro do ano de 2020, a II Edição Típica do Missal Romano.
Infelizmente, a II Edição Típica foi interrompida em meados do ano de 2021. Com isso, tendo o missal incompleto, Sua Santidade, o Papa João XI, analisando a necessidade da Santa Igreja, publicou a III Edição Típica do Missal Romano, novamente confiando à Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos a reforma deste livro.
Aos cuidados da Congregação para o Culto Divino e Disciplinas do Sacramento, a III Edição do Missal Romano foi finalizada no pontificado de Sua Santidade, o Papa Clemente VIII, porém, veio a ser promulgado apenas no pontificado seguinte, sob a autoridade do Santo Padre, o Papa Pio VIII.
A IV Edição
Mesmo tendo sido promulgada a III Edição Típica do Missal Romano em seu pontificado, Sua Santidade, o Papa Pio VIII, viu por bem anunciar a IV Edição Típica do Missal Romano, a fim de dar a Santa Igreja, um livro litúrgico completo, para que a Palavra de Cristo e a Eucaristia fossem celebradas com a dignidade litúrgica exigida. Por isso, novamente confiando os cuidados litúrgicos dos livros, foi entregue ao Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, na pessoa do Prefeito, Dom Mauro Baroni Moretti, a missão de reeditar e acrescentar ao Missal aquilo que se falta. Com isso, nomeou-se a Comissão Litúrgica para a reforma do Missal Romano.
Dessa maneira, recebendo do Santo Padre a confiança dos cuidados para com os livros e à liturgia da Santa Igreja, esta Congregação traz a público as melhorias para o Missal Romano, desejando que tudo que se celebra, seja digno de louvor e honra, assim como foi a Última Ceia.
Roma, 03 de dezembro de 2021.
+ Mauro Baroni Moretti, O.Carm
Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos